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Distribuições de Bons Presságios
Premissa: escrever a mesma frase em post-its, durante dois meses, a fim de completar o número de 8500 post-its.
Numa troca de cartas, chegou-me esta mensagem. Escrever em post-its, preencher harmoniosamente o quadrado pequeno. Descontroladamente. Entreguei o primeiro na rua. Senti urgência, fiz muitos mais. Ser mensageira, o bilhete chegar na direção oposta à minha, atenta à rua, sem sacos na mão. Cedofeita: Há muita gente no telemóvel. Senhoras e turistas recusam receber.
Coloco alguns nas caixas de correio de porta entre-aberta. Não meço reações e entrego a alguns amigos. Faço-o assim: entrego uma mensagem virada para baixo e alerto que apenas funciona quando é esquecido. Colocam-no no bolso para se esquecerem dele (sem espreitar). Recebo mensagens calorosas dos encontros dos bolsos. Demonstram o sentimento de “estar a precisar de”. São mensagens que me retornam em intensidade. Escrever individualmente em cada quadrado é um ritual para pensar. Entrar na sala e parecer impossível não ler. Distribuições de bons presságios, em urgência da mensagem. Incrédula pelo seu poder, tomo a frase como distribuidora. Assim como aqui, não há autor.
Podes levar e podes distribuir, quantos precisares.
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